20 jun Suplementação com colágeno hidrolisado parece ter efeito positivo na osteoporose e osteoartrite
Segundo revisão sistemática, medida traz alívio sintomático em quadros de dor.
Ao conduzir uma revisão sistemática da literatura, pesquisadores da Universidade Estácio de Sá, de São José dos Campos (SP), identificaram que o colágeno hidrolisado “tem função terapêutica positiva na osteoporose e osteoartrite com potencial aumento da densidade mineral óssea, efeito protetor da cartilagem articular e principalmente no alívio sintomático em quadros de dor”. Esse e outros resultados estão publicados na edição de janeiro/março deste ano da Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia.
Os autores explicam no artigo “Suplementação com colágeno como terapia complementar na prevenção e tratamento de osteoporose e osteoartrite: uma revisão sistemática” que o colágeno hidrolisado já é reconhecido como um nutracêutico seguro. Eles lembram que nutracêuticos “são substâncias que podem atuar como adjuvantes na prevenção e tratamento de doenças crônicas”.
Após pesquisa nas bases MEDLINE, LILACS e SciELO, os especialistas identificaram 187 artigos científicos que tinham como objetivo estudar os efeitos do colágeno hidrolisado sobre a cartilagem e o osso, bem como investigar a ação desse nutracêutico em osteoartrite e osteoporose. Ao final da seleção, o grupo permaneceu com nove artigos experimentais para desenvolver a análise. Entre os trabalhos selecionados, havia cinco pesquisas com modelos humanos, três com modelos animais e um in vitro que usou células humanas e modelos animais.
A revisão mostrou que essa substância traz benefícios em quadros de osteoporose e osteoartrite. “Embora não exista na literatura científica pesquisada consenso sobre a dosagem de colágeno hidrolisado a ser administrada, com a suplementação de 8g diária observa-se aumento da concentração de glicina e prolina no plasma e doses equivalentes a 12g diária promovem melhora significativa nos sintomas de osteoartrite e osteoporose”, afirmam os pesquisadores na publicação, lembrando, no entanto, que ainda são necessários mais estudos sobre o tema.