04 out Dietoterapia da Hemocromatose
A hemocromatose é um transtorno que interfere no metabolismo do ferro provocando grande acúmulo desse elemento no organismo. O controle de sua quantidade no nosso corpo é basicamente dependente da absorção intestinal, sendo que não há nenhum mecanismo fisiológico para eliminar o ferro em excesso, a não ser por conta da perda mínima do mineral decorrente da perda de células ou da perda de sangue durante a menstruação.
O excesso de ferro resulta em danos teciduais e prejuízo funcional dos órgãos envolvidos, especialmente fígado, pâncreas e coração. Alguns sinais e sintomas da hemocromatose são: dor nas articulações, fadiga, fraqueza, perda de peso, dor abdominal, problemas cardíacos e hepáticos, diabetes, entre outros.
Uma dieta restritiva em ferro parece contribuir muito pouco na redução da concentração desse mineral no organismo, além de muitas vezes ser de difícil manutenção. Sendo assim, não é necessário excluir totalmente os alimentos ricos em ferro da dieta, mas alguns cuidados podem ser tomados, como vemos a seguir:
– Cozinhar e armazenar os alimentos em utensílios de materiais não metálicos, como cerâmica ou vidro, para evitar a liberação de ferro nos alimentos
– Evitar o consumo de bebidas alcoólicas
– Não ingerir suplementos vitamínicos ou comprimidos que contenham ferro
– Não consumir frutos do mar crus, pois podem conter a bactéria Vibrio vulnificus, que pode ser fatal para pessoas com excesso de ferro
– Evitar alimentos industrializados enriquecidos com ferro
– Reduzir o consumo de carnes e feijões (feijão, ervilha, lentilha, grão de bico, soja, etc)
– Consumir café, chás escuros (preto, mate e verde) ou leite nas refeições, pois diminuem a absorção do ferro
– Evitar o consumo de alimentos ricos em vitamina C (morango, kiwi, acerola, laranja, limão, etc) em conjunto com alimentos ricos em ferro, pois ela auxilia na absorção do mineral